Páginas

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pesquisa britânica diz que relacionamentos tem durado menos de três anos


Está cada vez mais difícil manter relacionamentos por mais de três anos. É o que diz uma pesquisa britânica realizada com dois mil ingleses adultos em compromissos sérios. As causas que tem levado os relacionamentos a não ultrapassarem a marca dos 36 meses são várias, mas especialistas afirmam que os casais tem ficado cada vez mais intolerantes. Para 67% dos entrevistados, pequenos desconfortos aparentemente inofensivos no início do namoro geralmente se transformam em irritações maiores por volta de três anos de relacionamento.
“A jornada de trabalho cada vez mais longa combinada às preocupações com as finanças estão claramente deixando consequências nos relacionamentos modernos. Vemos uma tendência de aumento no número de casais que tiram férias separadamente para tentar reavivar a chama da paixão”, explica Judi James, especialista em opinião pública que supervisionou o estudo.

Se com o tempo as diferenças começam a ficar evidentes, a fase da conquista pode ser determinante para o futuro da relação. Segundo o psicólogo e psicoterapeuta Renner Reis, há vários motivos que podem comprometer o bom andamento de uma relação amorosa e reduzir o tempo de um convívio saudável. Ele acrescenta ainda que atualmente os relacionamentos tem se transformado numa representação da felicidade em que as imperfeições não podem ser aceitas para não desfazer o modelo de relação adotado pela sociedade moderna. "Vive-se um relacionamento pautado pela superioridade onde não há imperfeições, necessidade de ajustes e muito menos possibilidade de falhas. Se iniciarmos uma relação pressupondo que somos absolutos e perfeitos não é difícil prever que iremos sair frustrados desse encontro", avalia.

A profissional em computação, Taynara Santana, 25, acredita que depois de um bom tempo de relacionamento é possível descobrir as qualidade e defeitos do parceiro e definir se o amor é maior para que eles deem certo. "Acredito que com o tempo o fogo da paixão se acaba e daí para frente só continua se realmente for amor".

Modernidade

O resultado da pesquisa sugere que com o avanço da idade, o clima de romance cede lugar às praticidades do dia a dia devido as pessoas estarem cada vez mais ocupadas

ou abarrotadas em várias atividades que acabam consumindo o tempo de encontro do casal. 55% dos ingleses entrevistados admitiram que precisam "agendar" o horário do romance.

Para 76% dos entrevistados é importante ter um espaço individual para cuidar de interesses próprios e evitar que a relação caia na rotina. Nessa alternativa está incluída um aumento nas atividades sem a companhia do parceiro. O executivo de vendas Hanyel Pacheco, 26, já teve três relacionamentos duradouros e aposta que para uma relação perdurar o casal precisa estar em sintonia, caso contrário o romance não vai adiante. "Crises no relacionamento se resolvem com conversa e força de vontade das duas partes. Sair separados ou diminuir a quantidade de vezes que se veem são uma forma de mascarar a crise e não de realmente resolver", acredita.

Um terço (34%) do grupo de participantes em um relacionamento há mais de três anos relatou ter pelo menos duas noites livres por semana para se dedicar a interesses próprios, enquanto que 58% dos entrevistados do mesmo grupo disseram que tiram férias regularmente sem o parceiro.


Segundo a pesquisa, as 10 principais causas do fim da paixão entre os casais são:


1. Ganho de peso e falta de exercícios;
2. Avareza;
3. Horário de trabalho incompatível socialmente;
4. Higiene pessoal precária;
5. Contato excessivo ou escasso com familiares;
6. Ausência de clima de romance - incluindo sexo e carinhos;
7. Consumo de álcool em excesso;

8. Ronco e outros hábitos desagradáveis durante o sono;

9. Desleixo com o vestuário, incluindo peças íntimas velhas;

10. Mau uso do banheiro.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Por que eu não gosto do dia do meu aniversário?


Há exatamente 20 anos (agora, 21) eu venho me fazendo essa pergunta. Todos os anos, assim que se aproxima a data do meu aniversário, um sem-número de pessoas vêm me perguntar o que eu vou fazer no dia, onde vou comemorar e etc. Bom, como esse dia não me agrada nem um pouco, o esperado é que minha reação não seja das melhores. É claro que não vou ofender ninguém com as minhas tentativas de resposta, mas fica difícil convencer as pessoas sobre esse meu gosto atípico, pelo menos para a maioria das pessoas.

Às vezes fico pensando porque eu não gosto de comemorar o dia que nasci se eu gosto tanto de festa, de sair, de conhecer pessoas e lugares... Pode parecer até contraditório, admito. Mas acho que o problema permeia o fato de EU ser o centro das atenções naquele dia. Pensando assim, acho que prefiro bajular do que ser bajulada. Acho cansativo dizer "obrigada, tudo de bom pra você também" várias vezes ao dia, até mesmo na semana, para os atrasadinhos que apesar de não serem pontuais, ainda têm memória.

Ser humano é mesmo um bicho esquisito. Analisando as minhas considerações até agora pode parecer que também acho cansativo desejar felicitações a quem sopra velinhas, mas não, eu adoro desejar felicidades e outras coisas mais a quem faz aniversário. Não só nessa data, mas sempre que posso, procuro desejar o melhor a quem convive comigo.

Com todas essas pontuações ainda não encontrei uma resposta adequada capaz de sanar esta dúvida que sonda, primeiramente, a mim mesma. Acho que conversar com outras pessoas que também não gostam do dia do seu aniversário seria uma alternativa, talvez até uma saída, já que segundo a teoria, duas cabeças pensam melhor. Mas como no momento essa opção é inviável, tenho que chegar a uma conclusão sozinha.

Enfim, uma coisa que acho sacanagem é aquele tipo de pessoa que nunca te liga para saber como você está, nunca conversa com você quando tem oportunidade, vir te dar os parabéns. Não to desdenhando ninguém, mas se pessoas assim não estão por perto quando deveriam, que é no dia-dia normal, porque resolvem aparecer só uma vez no ano? Considerações à parte, cada cabeça uma sentença...

Se não for pra manifestar pensamentos positivos, prefiro que fique de longe. É certo que não somos cercados só de pessoas que nos querem bem, mas enquanto pudermos escolher o que pode ser aproveitado ou descartado, melhor. A vida é feita de tantas incertezas, dúvidas, medos, riscos... E é por isso que no dia do meu aniversário eu quero perto de mim somente aquilo que for verdadeiro, que vir de coração, que seja desejado sem pedir nada em troca. Além do amor e do tempo, nada mais precioso do que a vida. Viver não tem preço! Pensando assim, o incômodo com o dia do meu aniversário até passa. E que venham os janeiros!

P.s.: Eu não vou me opor se você vier me parabenizar... Se for de coração, faça-o à vontade!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Confissões de uma futura jornalista


Olá pessoas!

Desde junho deste ano (2009) este blog está desatualizado.
Talvez a razão ainda seja desconhecida até por mim mesma...
A criação do mesmo se deu por conta de uma avaliação que foi realizada no semestre passado, quando a professora de Webjornalismo I, Carolina Zaffino, pediu aos alunos do 5º período que criassem um blog e publicassem um mínimo de 15 postagens para que ela avaliasse os nossos domínios e habilidades com a internet, e com esse meio de comunicação cada vez mais comum: os blogs.

Pensando bem, em todo o conteúdo visto no semestre passado, a prática e a teoria sobre os blogs, acredito que a desatualização e o meu ''descaso'' com esse blog, tenha sido algo semelhante à origem dos mesmos. O que vi em sala de aula, é que os blogs vieram ''substituir'' os diarios de papel, muito adotados pela camada adolescente.

Nada contra quem usou desses recursos para transpor para o papel tudo aquilo que se passava na sua imaginação. Entretanto, eu não tive esse hábito. Não vou mentir, é claro que já escrevi, vez ou outra, aquilo que se passava pela minha mente infantil, coisas bem simples e de uma caligrafia questionável (confesso que hoje ela mudou muito). Mas, as poucas vezes que anotei algo não foram suficientes para despertar o meu interesse em continuar praticando a escrita.

Motivos indiferentes a esse me levaram a pensar em fazer jornalismo. A princípio, todo mundo concordou: -Lethícia, você tem que fazer esse curso mesmo. Você gosta tanto de escrever. Vai dar certinho! Sempre que visito o meu interior, (17 anos nascida e criada na mesma cidade me dão, sim, o direito de chamá-lo de meu) Morrinhos, a 130 km de Goiânia, deparo com alguém que pergunta que dia vou aparecer na televisão.

É claro que um sorriso disfarçado não escapa do meu rosto. É aí que paro para refletir e vejo como as pessoas tem uma falsa idéia, ou melhor, não tem a mínima idéia do que venha a ser o jornalismo. Mas isso também não me deixa tão surpresa. Eu entendo e prezo muito a humildade como característica ímpar e indiscutível em qualquer pessoa. Mas alto lá, não estou chamando ninguém de ''burro''. Espero que vocês, que estão lendo, sejam espertos o suficiente para entender o que estou querendo dizer. Em algumas pessoas, humildade é sinômino de simplicidade, e isso não é nenhum pecado. Em outras, humildade assemelha-se ao antônimo de arrogância. Ouvir mais do que falar.

Bom, voltando ao foco, o que me levou a fazer jornalismo foi justamente aquilo que eu não pratiquei durante um bom tempo da minha vida: a escrita. Eu amava escrever, escrever e escrever, mas não vivia por aí exercitanto meu vocabulário. Eu escrevia aquilo que eu sentia vontade. Era muito espontâneo, e ainda assim, era muito bom. Perder horas escrevendo o nome de todos os personagens da minha novela preferida, ou então, esboçar numa simples folha de caderno, a árvore genealógica de toda minha família.

Com certeza isso contribuiu muito para minha caligrafia. Mas, em termos de conhecimento, de treino, nem tanto. Mas, mesmo assim, foi muito gratificante ter vivido todos esses momentos. Eles me levaram a tomar decisões que hoje me fazem sentir muito bem, apesar dos descontentamentos, comum a todas profissões. Talvez no caso do jornalismo, elas sejam maiores, principalmente pelas novas medidas tomadas recentemente quanto ao futuro dos estudantes desse curso, que se viram desolados diante de uma grande falta de respeito de alguns ministros, quando estes mostraram que no Brasil, tudo funciona à base do ''jeitinho''. Quem tem conhecimento e estudo suficiente para ocupar uma cadeira no Senado, deveria ter um senso crítico mais apurado para tomar decisões que interfiram no relacionamento da imprensa com o público. Enfim, assunto polêmico, deixo para outro dia.

O que me despertou a vontade de voltar a escrever aqui hoje, foi a percepção que venho criando, de que escrever e ler são tarefas imprescindíveis a um jornalista. E deveria ser a qualquer um, já que conhecimento nunca é demais.

Se hoje sou grata à futura profissão que escolhi ser, espero que você, leitor, também saiba refletir sobre aquilo que quer ser e mostre a que veio!

Até mais! ;)

Lethícia Ávila

terça-feira, 23 de junho de 2009

"A internet é relevante para minha profissão"


A repórter de economia do Diario da Manhã, Edilaine Pazini, me concedeu uma entrevista sobre os meios de comunicação atuais e a sua relação com as novas mídias. A jornalista, que possui graduação pela Universidade Católica de Goiás, opina sobre a questão da obrigatoriedade do diploma para a profissão e analisa alguns efeitos decorrentes dessa nova lei. Acompanhe na íntegra!


Cottidianno: Você acredita que a internet está substituindo o espaço dos outros meios de comunicação (como o rádio, a tv e o impresso)?
Edialaine Pazini: Não. Eu vejo a internet como um complemento. Assim como o rádio e a tv não substituíram o impresso, a internet não irá tomar o lugar dos veículos anteriores. Além disso, há aqueles que não se adaptam com os avanços tecnológicos, optando sempre pelo bom impresso.

Cottidianno: Você acha importante a existência dos blogs para a profissão de jornalista? Como isso pode ajudá-la durante a cobertura de matérias, por exemplo?
E.P: Gosto da interação que essa ferramenta proporciona. No caso dos jornalistas, é interessante quando o profissional utiliza o espaço para postar os bastidores da notícia e até emitir sua opinião sobre algum assunto abordado na mídia atual. Isso é importante para o leitor, principalmente, quando o assunto não está sendo publicado na íntegra pela mídia, talvez por falta de espaço ou tempo. Para meu trabalho, por exemplo - que sou repórter de economia - os blogs de empresas e outras fontes são essenciais para pesquisas. No entanto, quero citar uma atitude da qual discordei recentemente. Achei curioso a Petrobras começar a divulgar em seu blog as perguntas dos jornalistas com as respostas, antes mesmo do veículo publicar a matéria. A Petrobras alegou ser uma estratégia de transparência. Porém, acredito que isso só acaba com o diferencial do jornal impresso, que é a exclusividade da notícia. Acho que as empresas - principalmente as estatais - devem sim divulgar as reportagens na íntegra, mas após a publicação.

Cottidianno: Você tem blog? Por que?
E.P: Não. Na verdade, já criei um, mas como demorava mais de semanas para postar, por falta de tempo, resolví cancelar. Atualmente estou no Twitter. Assesorias, órgãos públicos e políticos já aderiram e nos ajuda muito com pautas instantâneas. Utilizo como forma de interação com amigos e familiares também, assim como o Orkut. Mas, com o blog, só vou voltar quando tiver mais tempo livre.


Cottidianno: Como a internet contribui para o exercício da sua profissão?

E.P: A internet é relevante para minha profissão. Talvez o fator mais importante seja como instrumento de pesquisa. Ficamos todo o período conectados nos sites das agências de comunicação do mundo todo. Além disso, vários entrevistados preferem responder perguntas por e-mails e, na maioria das vezes, complementam entrevistas com dados e tabelas via web.

Cottidianno: O que você achou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista?

E.P: Acredito que os mais prejudicados serão os profissionais que passaram pelos bancos das faculdades e os que ainda estão passando. O que mais me preocupa são as consequências futuras, como fechamento de cursos no ensino particular e até mesmo queda na remuneração, que já é baixa. Outro ponto negativo, são os tablóides que já rondam pelos interiores sem nenhuma qualidade jornalística. No entanto, acredito que o diploma sempre será um diferencial para o profissional que soube extrair conhecimento, mesmo não sendo obrigatório. O que ainda indigna-me, e que a maioria dos jornalistas que detém um diploma não conseguiram engolir, foi a comparação feita pelo ministro Gilmar Mendes com a culinária, que é um curso técnico oferecido até no Senac. Os argumentos do ministro não me convenceram. Mas, o momento é de mostrar que temos um diferencial em conhecimento, além de um diploma nas mãos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A ordem dos fatores não altera o produto


Acompanhe um artigo sobre maioridade penal. Você é contra ou a favor?



Desde que me entendo por gente sempre ouço falar que a educação é a base de tudo. Que o governo deveria investir mais nesse bem sem igual. Que as escolas deveriam ser melhores, e que, enquanto o Brasil não melhorar sua educação, continuará ocupando a posição de subdesenvolvido. Tudo bem. Até aí, todo mundo concorda. Mas, por que será que nada é feito para mudar esse papel? Todos os investimentos são poucos? O que está faltando para que as crianças cresçam com mais responsabilidade, idoneidade e maturidade? Alguns põem a culpa na televisão, outros, nos políticos. Enfim, o que me preocupa é a quantidade de jovens que são tidos como crianças, por serem menores de idade, e que praticam atos ilícitos – como o uso de álcool ou drogas – ou pior, aqueles que cometem crimes cruéis, como morte, seqüestros, estupros e tortura.
De que adianta reduzir a maioridade penal, de 18 para 16 anos, se o delinqüente que praticou crime hediondo não vai ficar o equivalente a sua pena máxima, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que é de 3 anos? As maiorias dos detentos da FEBEM saem de lá muito antes do previsto. Se o sistema penitenciário brasileiro fosse muito bom, até poderia existir conformidade com essa redução. Mas, como todos sabemos, nenhum bandido entra na cadeia e muda sua personalidade. O ideal seria que acontecesse isso, já que o objetivo do internamento visa um processo de ressocialização do indivíduo. Deveria haver uma ampliação do período de internação de menores, em casos específicos. Ora, para que a proteção demasiada com um adolescente que não hesitou ao cometer um crime? Ele deveria ter pensado na punição antes de praticar qualquer ato ilegal. Porém, temos de convir que muitos desses menores não pensam em punição porque conhecem bem os rumos da justiça brasileira. Sabem como ela funciona.
Outro ponto é a quantidade de detentos que vai haver para o número de presídios. A superlotação só diminuirá o sentido principal do internamento. Os infratores não vão sair de lá recuperados, pronto para se reincorporar na sociedade e não entrar em desacordo com a lei novamente. Pelo contrário, eles viverão numa “escola do crime”, que só vai incentivar a criminalidade quando os menores assumirem os crimes comandados pelos adultos maiores de idade.
E a sociedade assiste a tudo isso como se pretendesse sair ilesa e estivesse de mãos atadas. Ou seja, tem o poder de mudar, mas não faz nada para que isso se concretize, definitivamente. Se começasse pela base poderia ter bons resultados. Mas talvez o maior defeito seja a ganância de resolver determinado problema começando pela metade e não pelo início. O caso do tráfico, por exemplo, que leva milhares de crianças a desenvolverem um desvio de conduta pela má convivência que presenciam, é outra questão que deveria ser combatida, quando muito, enfraquecida. Entretanto, essa questão remete a outros questionamentos, como a desigualdade social e a falta de acesso à educação. Não basta haver redução da maioridade penal, somente. É necessário mudar toda a estrutura da sociedade para se começar a notar diferenças significativas no comportamento das pessoas, principalmente. De nada adianta tentar solucionar um problema causando outro.

domingo, 21 de junho de 2009

"O stress da vida moderna é um fator que pode aumentar os casos de infertilidade"



De acordo com especialista, temos hoje no Brasil 15 milhões de mulheres com problemas de infertilidade


O Dr. Fausto Gomes, especializado em ginecologia e obstetrícia e pós-graduado em medicina do trabalho e em Ultra-Sonografia e Colposcopia, falou à para Cottidianno sobre infertilidade. Um assunto importante e de grande interesse a homens e mulheres, pois compromete a capacidade de gerar um filho. “A infertilidade sempre existiu, é uma doença muito comum que acomete cerca de 20% dos casais, porém não é hereditária”, afirma o especialista.

Segundo o médico, a incidência da doença é proporcional à idade da mulher. O aspecto psicológico também pode influenciar. “Pode ocorrer de a mulher criar anticorpos contra os espermatozóides, devido à ansiedade”, analisa o ginecologista. Outro fator que vem contribuindo para as causas da doença é o stress, pois pode provocar alterações no processo de ovulação. “Hoje no Brasil, temos em torno de 15 milhões de mulheres com infertilidade”, acrescenta o médico.

É comum as pessoas confundirem infertilidade com esterelidade e acharem que o problema é somente coma mulher. O Dr. Fausto explica que ser infértil é a incapacidade de conceder a geração de uma criança após 1 ano de relação sexual ou aquelas mulheres que não conseguem levar a gravidez adiante, com uma série de abortos espontâneos. Já a esterelidade é a incapacidade absoluta da mulher engravidar. “Geralmente é uma condição irreversível”, conclui o ginecologista.

O Dr. Fausto avalia que as causas que levam à infertilidade são problemas relacionados ao ovário, a trompa, ao útero e ao fator ambulatório. No caso do homem, normalmente há alteração testicular. “Era muito comum, a caxumba ser causadora da esterelidade masculina porque desce para os testículos e é uma infecção viral”, acrescenta o especialista.

O tratamento é feito com base na análise da história do paciente ou casal. “Primeiro é observado se já teve doenças, depois é feito um espermograma. O homem é tratado pelo urologista”, afirma o médico. O sucesso durante o tratamento depende também da atuação do profissional. No caso dos bebês de proveta e fecundação in vitro, é necessário grande investimento para poucas chances de acerto. De cada 10 mulheres, apenas 3 conseguem engravidar.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O tráfico ainda assusta

Goiânia tem um dos mais altos índices de homícidios de todo o país. Especialistas apontam influência do tráfico de drogas para o aumento das mortes


Lembro-me bem de ouvir falar que Goiânia era uma cidade menos tumultuada, com uma população mais educada e preocupada, que tinha interesse pelo bem-comum. Hoje ela está muito distante de sustentar essas características e mostra-se uma cidade bem diferente daquela que um dia foi. Os problemas sociais, a falta de estrutura de uma cidade construída para suportar metade da sua população atual, os crimes gerados pela violência, o trânsito caótico e, os tão comentados homicídios, que agora colocam Goiânia à frente de grandes metrópoles como São Paulo e Belo Horizonte, vem modificando, desordenadamente, esse quadro.


No final do ano passado, foram registrados, 398 homicídios na capital. E o mais curioso é que em 80% dos casos o motivo foi o tráfico de drogas. O assunto vem gerando bastante discussão pela mídia, que tem investido maciçamente na publicação de todos os crimes. Algumas autoridades, quando questionadas sobre o fato, apontam soluções ou sugerem caminhos a serem seguidos com o intuito de amenizar o número alarmante de mortes. O nível de homicídios considerado aceitável é de 10 para cada 100 mil habitantes. Goiânia está com 31,41 por 100 mil habitantes.


Que o assunto é complexo e exige uma solução cabível, ninguém tem dúvidas. Não basta só apontar idéias e não agir. O perfil populacional mudou bastante devido aos inúmeros problemas sociais e à grande desigualdade de renda que abrange toda capital e seus entornos. O crescimento de Goiânia não foi acompanhado pelo avanço das políticas públicas. Talvez aí mora o segredo que está sendo desvendado diariamente devido o grande número de assassinatos cometidos na cidade.


Não basta acusar a letalidade da polícia ou o fácil acesso a drogas e armas de fogo. Os caminhos mais simples, raramente são adotados. O desarmamento, por exemplo, poderia minimizar uma série de questões e, ainda assim, não é tratado da melhor forma. O tratamento dos presos dentro da cadeia não é o ideal. Muitos traficantes negociam assassinatos de dentro da cadeia. A vigilância é precária. E como se não bastassem, o número de pessoas envolvidas com drogas, principalmente jovens, não pára de aumentar. Mesmo tendo noção dos perigos que poderão enfrentar, muitos preferem arriscar. É preciso investimento em educação, tanto a que aprendemos na escola, quanto a que vem de casa.


E esse tipo de investimento requer muito mais que força de vontade e bons planejamentos e precisa ser realizado rapidamente. Não podemos mais esperar por uma solução. Precisa-se de processos efetivos nem que isso custe milhões, pois viver com dignidade é só mais um dos direitos de nós cidadãos.