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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Confissões de uma futura jornalista


Olá pessoas!

Desde junho deste ano (2009) este blog está desatualizado.
Talvez a razão ainda seja desconhecida até por mim mesma...
A criação do mesmo se deu por conta de uma avaliação que foi realizada no semestre passado, quando a professora de Webjornalismo I, Carolina Zaffino, pediu aos alunos do 5º período que criassem um blog e publicassem um mínimo de 15 postagens para que ela avaliasse os nossos domínios e habilidades com a internet, e com esse meio de comunicação cada vez mais comum: os blogs.

Pensando bem, em todo o conteúdo visto no semestre passado, a prática e a teoria sobre os blogs, acredito que a desatualização e o meu ''descaso'' com esse blog, tenha sido algo semelhante à origem dos mesmos. O que vi em sala de aula, é que os blogs vieram ''substituir'' os diarios de papel, muito adotados pela camada adolescente.

Nada contra quem usou desses recursos para transpor para o papel tudo aquilo que se passava na sua imaginação. Entretanto, eu não tive esse hábito. Não vou mentir, é claro que já escrevi, vez ou outra, aquilo que se passava pela minha mente infantil, coisas bem simples e de uma caligrafia questionável (confesso que hoje ela mudou muito). Mas, as poucas vezes que anotei algo não foram suficientes para despertar o meu interesse em continuar praticando a escrita.

Motivos indiferentes a esse me levaram a pensar em fazer jornalismo. A princípio, todo mundo concordou: -Lethícia, você tem que fazer esse curso mesmo. Você gosta tanto de escrever. Vai dar certinho! Sempre que visito o meu interior, (17 anos nascida e criada na mesma cidade me dão, sim, o direito de chamá-lo de meu) Morrinhos, a 130 km de Goiânia, deparo com alguém que pergunta que dia vou aparecer na televisão.

É claro que um sorriso disfarçado não escapa do meu rosto. É aí que paro para refletir e vejo como as pessoas tem uma falsa idéia, ou melhor, não tem a mínima idéia do que venha a ser o jornalismo. Mas isso também não me deixa tão surpresa. Eu entendo e prezo muito a humildade como característica ímpar e indiscutível em qualquer pessoa. Mas alto lá, não estou chamando ninguém de ''burro''. Espero que vocês, que estão lendo, sejam espertos o suficiente para entender o que estou querendo dizer. Em algumas pessoas, humildade é sinômino de simplicidade, e isso não é nenhum pecado. Em outras, humildade assemelha-se ao antônimo de arrogância. Ouvir mais do que falar.

Bom, voltando ao foco, o que me levou a fazer jornalismo foi justamente aquilo que eu não pratiquei durante um bom tempo da minha vida: a escrita. Eu amava escrever, escrever e escrever, mas não vivia por aí exercitanto meu vocabulário. Eu escrevia aquilo que eu sentia vontade. Era muito espontâneo, e ainda assim, era muito bom. Perder horas escrevendo o nome de todos os personagens da minha novela preferida, ou então, esboçar numa simples folha de caderno, a árvore genealógica de toda minha família.

Com certeza isso contribuiu muito para minha caligrafia. Mas, em termos de conhecimento, de treino, nem tanto. Mas, mesmo assim, foi muito gratificante ter vivido todos esses momentos. Eles me levaram a tomar decisões que hoje me fazem sentir muito bem, apesar dos descontentamentos, comum a todas profissões. Talvez no caso do jornalismo, elas sejam maiores, principalmente pelas novas medidas tomadas recentemente quanto ao futuro dos estudantes desse curso, que se viram desolados diante de uma grande falta de respeito de alguns ministros, quando estes mostraram que no Brasil, tudo funciona à base do ''jeitinho''. Quem tem conhecimento e estudo suficiente para ocupar uma cadeira no Senado, deveria ter um senso crítico mais apurado para tomar decisões que interfiram no relacionamento da imprensa com o público. Enfim, assunto polêmico, deixo para outro dia.

O que me despertou a vontade de voltar a escrever aqui hoje, foi a percepção que venho criando, de que escrever e ler são tarefas imprescindíveis a um jornalista. E deveria ser a qualquer um, já que conhecimento nunca é demais.

Se hoje sou grata à futura profissão que escolhi ser, espero que você, leitor, também saiba refletir sobre aquilo que quer ser e mostre a que veio!

Até mais! ;)

Lethícia Ávila